Inflamação

Por ABLA Import / Quinta-Feira, 23 de Setembro 2020 /
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No caso clínico desta semana o tema abordado foi Tendinite, que nada mais é do que a inflamação dos tendões. Mas você se lembra de como ocorre a resposta inflamatória? O assunto de hoje o blog é um resumo para nos recordarmos desse tema tão importante e rotineiro no dia a dia do medico veterinário.

Então, o que é a inflamação? A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo á uma infecção ou lesão de algum tecido específico do organismo do animal, e tem como função eliminar a causa inicial da lesão, coordenar as reações do sistema imune inato, eliminar as células lesadas e os tecidos danificados para iniciar a reparação dos tecidos e restaurar a função. A inflamação pode ser não infecciosa e infecciosa. A inflamação não infecciosa é causada através de danos teciduais, por exemplo, traumas. Já a inflamação infecciosa é causada através de microrganismos, como bactérias, vírus e fungos. Seja qual for o agente causador da inflamação, os sinais podem ser os mesmos: dor, calor, rubor, edema e perda de função.

O mecanismo de ação das inflamações infecciosas ocorre da seguinte forma: o microrganismo entra no tecido e é reconhecido por células do sistema imunológico, como os macrófagos e os mastócitos. Essas apresentam receptores que tem a função de reconhecer moléculas encontradas nesses microrganismos. Esse reconhecimento ativa essas células que liberam algumas substâncias. Dentre elas as citocinas, que são proteínas sinalizadoras, importantes para intermediar e auxiliar outras células na destruição de microrganismos.

Os mastócitos têm como função a liberação das substâncias dos seus grânulos, como a histamina, que irá atuar nas células do endotélio promovendo a vasodilatação, causando uma maior irrigação naquele local. Portanto a região fica avermelhada e com aumento de temperatura. Há também o aumentando da permeabilidade vascular, o que faz com que o plasma passe com mais facilidade de dentro do vaso para os tecidos, resultando no edema. Outras substâncias também liberadas pelas células de defesa do organismo podem atuar nas células nervosas, levando ao estímulo doloroso da região afetada.

Caso haja uma quantidade grande de microrganismos no tecido, os macrófagos liberam citocinas (proteínas sinalizadoras) que agem nas células do endotélio vascular com o objetivo de recrutar outras células de defesa ao local, como os neutrófilos. Os mesmos migram para o tecido através de diapedese e auxiliam os macrófagos a realizarem a fagocitose dos microrganismos. Quando a reação é controlada, os macrófagos sinalizam o sistema imunológico de que o organismo está pronto para voltar a homeostase.

Após a causa ser removida, algumas citocinas intermediam o processo de regeneração tecidual. Caso o agente causador não seja completamente eliminado, podemos estar diante de uma inflamação crônica, que é um processo que pode durar alguns dias, meses e até anos. A inflamação crônica é caracterizada pela ativação imune persistente com a presença de macrófagos no tecido acometido. Os macrófagos liberam mediadores que, a longo prazo, tornam-se prejudiciais não só para o agente causador da inflamação, mas também para os tecidos. São exemplos de inflamações crônicas: dermatites, asma, artrites, entre outras.

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