Processo de Cicatrização de Feridas

Por ABLA Import / Quinta-Feira, 01 de Outubro 2020 /
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O processo de cicatrização pode ocorrer em todos os tipos de feridas, independente do agente causador. É um processo sistêmico e está relacionado a uma coordenada cascata de mecanismos celulares que tem como objetivo a regeneração tecidual.

Além disso, a cicatrização foi dividida em três fases: fase inflamatória, fase de proliferação e fase de maturação ou remodelamento.

A lesão de qualquer que seja o tecido é o estímulo para o início do processo cicatricial, colocando substâncias intravenosas em contato com substâncias do meio extracelular e provocando consequente degranulação de plaquetas e ativação das cascatas de coagulação e sistema complemento. A partir desse momento há liberação de alguns mediadores que atraem células inflamatórias para a região lesionada.

Fase Inflamatória

A fase inflamatória é a primeira a ocorrer e se inicia, logo após a ocorrência da lesão através de substâncias vasoconstritores que são liberadas através das membranas celulares. Conforme sua ocorrência, a cascata de coagulação é ativada e são liberados grânulos das plaquetas, visando a hemostasia local. Além da hemostasia, esses grânulos atraem neutrófilos para o local da ferida.

O coágulo irá se formar através de plaquetas, colágeno e trombina. Assim, a fase inflamatória baseia-se em vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, permitindo a passagem de substâncias e células necessárias diretamente à ferida.

Os neutrófilo atraídos pelas plaquetas degranuladas são as principais e primeiras células a agirem na lesão tecidual, tendo sua concentração maior depois de 24 horas da lesão. Esses são, aos poucos, substituídos por macrófagos que também auxiliam na destruição bacteriana.

Os macrófagos são os últimos a agirem na lesão antes da fase de proliferação, estão em maior concentração no local da lesão entre as 48 a 96 horas após a mesma. Seu objetivo é terminar o trabalho dos neutrófilos no debridamento.

Fase proliferativa

A fase proliferativa consiste na etapa de inicio de reparação da lesão, dividindo-se em quatro principais eventos: epitelização, angiogênese, formação do tecido cicatricial (de granulação) e deposição de colágeno.

A epitelização ocorre rapidamente e depende do grau de comprometimento da membrana basal. Caso esteja intacta, as células epiteliais migram em direção superior. Caso não esteja, as células epiteliais dos bordos da ferida proliferam com o objetivo de restabelecer a barreira protetora.

A angiogênese é caracterizada pela migração de células endoteliais e formação de novos capilares para melhor irrigação e consequente mais efetiva e adequada cicatrização.

A parte final da fase proliferativa é a formação de tecido de granulação e é dependente das células endoteliais e dos fibroblastos. Os fibroblastos migram dos tecidos vizinhos para o tecido lesionado. Esses produzem substâncias responsáveis pela contração da ferida.

Fase de maturação ou remodelamento

A fase de remodelamento é a mais importante no aspecto clínico macroscópico da lesão. Está relacionado a deposição de colágeno de forma organizada na superfície lesada. O colágeno produzido e depositado é mais fino do que o presente em um tecido intacto, portanto conforme o tempo, este vai ser reabsorvido e substituído por um colágeno mais espesso e mais organizado, estado diretamente ligado à força tênsil da ferida. Uma boa cicatrização consiste no equilíbrio entre reabsorção da matriz antiga e síntese da matriz nova.

O colágeno é a proteína mais abundante do tecido em fase de cicatrização.

A degradação do colágeno se inicia precocemente e é muito ativa durante o processo inflamatório. A sua digestão ocorre em ambiente extracelular e é mediada por colagenases específicas.

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