A sinusite eqüina se trata de uma doença que afeta a parte nasal dos animais. Ela é definida com uma inflamação da mucosa que reveste os seios paranasais, com acumulo de exsudato dentro dessas cavidades. Normalmente, é classificada de acordo com sua etiologia e o pelo de tempo de evolução, sendo dividida em: primaria ou secundaria e subaguda, aguda ou crônica.

Os casos secundários estão relacionados a distúrbios odontológicos, como fraturas dentárias, infundíbulos pérvios e periostite alveolar. Essas alterações na estrutura dentária permitem a entrada de bactérias ou mesmo de conteúdo alimentar na cavidade sinusal, provocando um processo inflamatório.

Na maioria das vezes, a sinusite manifesta-se unilateralmente, podendo apresentar secreção muco-purulenta em ambas as narinas, porém, o que se observa no cotidiano é o aumento de volume unilateral da face associado aos sinais clínicos de afecções dentárias, que são caracterizados por odor fétido em cavidade oral, acumulo de alimento, presença de secreção ao redor do dente afetado e necrose da região de raiz dentaria.

O diagnostico deve ser realizado através da analise de histórico e sinais clínicos, colheita de material para cultura e antibiograma através de sinocentese ou sinoscopia, e para a diferenciação da sinusite primaria e secundaria, o exame da cavidade oral é de extrema importância, assim como endoscopia e radiografia de crânio.

A endoscopia permite a observação da presença ou não de conteúdo alimentar associado à secreção nasal. Já com a radiografia, é possível avaliar todas as raízes dentarias.

O tratamento da sinusite secundária a alterações dentarias consiste, principalmente, na remoção da causa base com tratamentos odontológicos, administração de antiinflamatórios e antibióticos sistêmicos e remoção cirúrgica da mucosa alterada.

Em alguns casos, pode ser necessária a extração dos dentes acometidos, que pode ocorrer na forma tradicional sob anestesia geral, realizando- se trepanação óssea e repulsão dos molares ou pré molares, através de bucotomia lateral sob anestesia geral, ou através de extrações intra orais com o paciente sob neuroleptoanalgesia e bloqueios perineurais (Turner & McIlwraith, 2002; Dixon et al., 2005;Tremaine & Cert, 2005, Dixon e Gerard, 2006, Escodro et al., 2010;Ribeiro et al., 2010)

Para prevenção a esse tipo de distúrbio, deve-se sempre proporcionar um acompanhamento odontológico adequado e rotineiro