Cintilografia Nuclear

Por ABLA Import / Segunda, 20 de Agosto 2021 /
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Nos últimos anos, a demanda por métodos avançados de diagnóstico por imagem, vem aumentando consideravelmente na Medicina Equina, dentro das modalidades convencionais de diagnóstico por imagem podemos citar: a radiografia, a fluoroscopia, tomografia computadorizada e a ressonância magnética.

Na especialidade da medicina nuclear destaca-se a cintilografia; onde ocorre a formação de uma imagem de lentes de luz como resultado da interação de energia com um material absorvente.

Neste método, para que as diferentes regiões possam ser examinadas, é essencial fazer com que os materiais radioativos empregados cheguem até os mesmos,m por tanto, se faz necessário utilizar compostos radioativos que apresentem afinidade natural ou que esses elementos estejam ligados a substâncias que possuam atração por esses tecidos. Uma vez que estes elementos radioativos atingem os tecidos de interesse, as radiações emitidas a partir deles são identificadas pelo equipamento e modificadas em imagens que podem ser elucidadas pelos especialistas. No geral, é um procedimento que fornece informações sobre a integridade vascular, tecidos moles e osso, sendo um método sensível, mas não específico, na sua capacidade de detectar regiões que possam indicar um significado clínico.

A imagem formada é um reflexo da quantidade de radioatividade dentro de uma região, que, por sua vez, é baseada nas propriedades farmacológicas do agente radioativo aplicado e o estado fisiológico do paciente. O isótopo ideal para a técnica cintilográfica tem uma única emissão de energia que é abundante o suficiente para sair do animal e contribui com pouca dose de radiação para o paciente, assim que a radiação emitida sai do paciente, é provável que ela interaja com o detector de radiação a ser localizado. O detector de radiação mais comum em uso veterinário é a câmara gama.

Em geral, o objetivo da técnica é identificar e descrever informações fisiológicas que não podem ser discernidas por outros métodos de imagem. Esse procedimento oferece alta sensibilidade para a detecção precoce da doença e a facilidade de avaliação de uma área ou de todo o esqueleto, se tornando uma ferramenta ideal para a triagem de muitos casos , até mesmo de claudicações obscuras.

A cintilografia ou varredura óssea envolve a injeção intravenosa de um composto de fosfonato radiomarcado seguida da geração de imagens da distribuição de radioatividade dentro do paciente. A perfusão do 99lmTc-MDP depende do fluxo sanguíneo e captação (atividade osteoblástica), a imagem em diferentes momentos após a injeção permite uma avaliação de diferentes processos fisiológicos: A fase vascular inicial segue o curso do agente radiofarmacêutico através dos vasos. Após perfusão no sangue, o 99lmTc-MD se distribui rapidamente no espaço do líquido extracelular, dando uma fase de tecido mole. O 99lmTc-MDP é absorvido pelo osso metabolicamente ativo ao longo dos próximos 20 minutos e o que não é absorvido pelo esqueleto é excretado de forma renal, as imagens da fase óssea são feitas 2 a 3 horas após a injeção para permitir uma boa relação entre tecido ósseo-tecido mole.

Ao contrário de outros métodos de avaliação da perfusão, os raios gama penetram prontamente nos tecidos moles superficiais do membro, permitindo a avaliação do suprimento vascular profundo e superficial. A diminuição da atividade dentro de uma região pode ocorrer com isquemia, enquanto que o aumento da atividade é frequentemente visto em locais de inflamação ativa, como resultado do aumento do fluxo sanguíneo e permeabilidade capilar. Embora essas alterações sejam inespecíficas, elas podem ser um indicador sensível do local de uma lesão dos tecidos moles, como sinovite, tendinite, celulite ou bursite do navicular. O grau de captação do 99lmTc-MDP é determinado pela atividade na lesão. A captação mais intensa ocorre em locais de alta atividade óssea, como fraturas, tumores ou infecções e áreas que mostram aumento moderado da absorção ocorrem com doença articular degenerativa leve.

É importante ressaltar que além de detectar lesões que não são aparentes, a cintilografia pode caracterizar a atividade em locais conhecidos da doença ou anormalidades radiográficas. Devido à grande sensibilidade da cintilografia óssea para a atividade dos osteoblastos, o procedimento pode ser usado para excluir o envolvimento ósseo em áreas de doença dos tecidos moles ou locais de difícil visualização com radiografia ou ultrassonografia. Outras indicações para a cintilografia incluem a localização de focos de infecção em animais com febre de origem desconhecida ou leucocitose persistente. Além de poder ser também utilizada para observar uma variedade de funções pulmonares, incluindo função ciliar, fluxo sanguíneo pulmonar, ventilação e permeabilidade da membrana alveolar.

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