Desidratação

Por ABLA Import / Quinta-Feira, 15 de Outubro 2020 /
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Em nosso dia a dia ouvimos muito se falar em desidratação, principalmente em dias quentes ou em relação a animais de alto desempenho. Mas você sabe exatamente como ocorre e como a reverter corretamente?

A desidratação é caracterizada pelo desequilíbrio hídrico, ou seja, maior perda de líquido do que sua reposição e absorção, resultando em diminuição do volume circulante e consequente diminuição da quantidade de água nos tecidos. Na maioria das vezes esse desequilíbrio é acompanhado pelo desequilíbrio eletrolítico e/ou desequilíbrio ácido básico. Todo e qualquer desequilíbrio no organismo do animal deve ser imediatamente tratado, principalmente quando se está ligado a substâncias que participam de reações químicas que geram a homeostase e funcionamento correto do organismo. Além do risco de morte do animal, o tratamento deve objetivar reduzir possíveis prejuízos com a diminuição da produção de leite e ganho de peso do mesmo.

A desidratação tem duas possibilidades de causas: o consumo insuficiente de água ou a perda excessiva da mesma. O consumo insuficiente é mais comumente relacionado a pouca oferta de água, ausência de sede devido à outros distúrbios ou algum fator que impossibilite a sua ingestão, como a obstrução esofágica. A principal causa é a desidratação por perda excessiva associada a diarreias, vômitos, poliúria, perda excessiva de sangue ou sudorese acentuada.

Conforme o animal vai desidratando os seus níveis de líquido tecidual vão diminuindo gradativamente com o objetivo de manter o volume circulante e diminuir as consequências circulatórias. Caso o animal não seja tratado nesse momento da desidratação, ela vai se instalando e o volume circulante diminuindo, causando uma deficiência de circulação periférica. Os riscos dependem da idade, condição e detecção da condição do animal. Em alguns casos, o óbito pode vir a ocorrer rapidamente.

Além dos exames de sangue e hematócrito, outras características podem ajudar a avaliar o grau de desidratação dos animais caso não seja possível realizar os exames. Essas são: ressecamento de mucosas, enrugamento da pele e afundamento do globo ocular, apatia e decúbito esternal. A técnica mais utilizada é a de avaliação do turgor de pele, realizada através de um “belisco” que forma uma prega na pele, e o tempo em que essa demora a voltar ao normal é o que nos da a informação do grau de hidratação desses animas. É mais utilizada na pele do pescoço e pálpebra.

A prevenção da desidratação é a observação constante dos animais e caso ocorra devem ser determinadas suas causas e a partir dessa informação utilizar a prevenção específica para cada uma delas. As medidas que sempre devem ser adotadas em qualquer propriedade de criação de qualquer espécie são: oferta constante de água limpa e fresca, bebedouros limpos e em locais protegidos do sol.

O tratamento dependerá da precocidade do diagnóstico e leva em consideração o grau de desidratação do animal e seu peso corporal. É realizado em duas etapas principais: a reposição da quantidade de líquido perdido e a manutenção da hidratação após a reposição. Essas podem ser realizadas pelas vias oral, intravenosa, parenteral e subcutânea, e a escolha fica a critério do médico veterinário responsável levando em consideração a espécie e o estado geral do animal.

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