Projeções Radiográficas do Casco Equino

Por ABLA Import / Quinta-Feira, 08 de Abril 2021 /
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Antes da obtenção das radiografias, as ferraduras dos membros a serem radiografados devem ser removidas e a sola e a parede do casco limpas de qualquer tipo de sujeira. Outro cuidado importante é sempre visualizar a necessidade de preencher os sulcos da ranilha caso sejam muito profundos causem artefatos eu confundam o radiologista.

As incidências lateromedial e dorsopalmar da falange distal normalmente são obtidas utilizando um objeto (geralmente tocos de madeira) para que sejam visualizadas todas as estruturas mesmo com a placa apoiada ao solo. Importante que o animal sempre esteja apoiando seu peso por igual nas articulações e estruturas a serem visualizadas para que não se perca nenhum detalhe no momento da avaliação radiográfica.

PROJEÇÃO LATERO-MEDIAL
As vistas latero-mediais da falange distal normalmente requerem que o membro esteja apoiado em um bloco de espessura suficiente para trazer a superfície solar do pé ao nível do centro do feixe do raio X. Isso também permite que a parte inferior da placa DR seja colocada mais abaixo do que a superfície solar do membro. O feixe de raio X deve ser mantido na horizontal e centralizado na falange distal. Deve-se ter cuidado ao avaliar os ângulos do eixo podofalângico, uma vez que será alterado se o cavalo não estiver totalmente suportando o peso em uma superfície nivelada.

A superfície dorsal da falange distal é lisa e opaca. Pode ser ligeiramente convexa em sua margem solear à base do processo extensor. Existem variações consideráveis na forma do processo extensor, mas geralmente são bilateralmente simétricos.

A superfície solear da falange distal é lisa em seus contornos e normalmente forma um ângulo de 5 a 10° em relação à sola do estojo córneo, inclinando-se proximalmente em direção à sua face palmar. O canal solear da falange distal é visto entre a superfície solear do osso e a articulação interfalangeana distal. Pode aparecer como uma zona radiolúcida muito distinta no meio do osso, proximal à superfície solear, mas em alguns ossos é apenas evidente. Palmar ao canal solear há uma faixa óssea relativamente esclerótica bem definida e suavemente delineada, que se denomida fáscia flexora onde se insere o tendão flexor digital profundo em sua face palmar/plantar.

As superfícies articulares das falanges média e distal são razoavelmente congruentes. A largura do espaço articular dependerá da quantidade de peso que está sendo suportado sobre o membro ou de alguma afecção articular.

Uma visão dorsopalmar de sustentação de peso é útil em casos selecionados, por exemplo em fraturas sagitais da falange distal, desequilíbrio latero-medial membro. O cavalo suporta o peso do membro em um objeto que o permita posicionar o casco em pinça, como é popularmente chamado. O feixe de raio X é horizontal e centrado na metade da distancia da banda coronária em relação ao solo. Ele deve ser alinhado em ângulos retos com uma linha traçada através dos bulbos do talão. Isso garantirá uma visão dorsopalmar reta do membro a ser avaliado.

Na vista dorsopalmar, as aberturas do canal solar são vistas como dois forames circulares distais à superfície articular. O processo extensor pode ser difícil de visualizar, pois se encontra sobreposto à extremidade distal da falange média e do osso navicular. Os sulcos dorsais da falange distal são vistos como linhas nas faces lateral e medial do osso. A margem solear do osso deve estar a uma distância igual da superfície do solo do membro lateral e medialmente.

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