Projeções Radiográficas do Casco - Parte 2

Por ABLA Import / Quinta-Feira, 22 de Abril 2021 /
Post Image

INCIDÊNCIAS OBLÍQUAS DO CASCO

As vistas oblíquas da falange distal e da parede do casco são frequentemente necessárias. Elas são particularmente valiosas se houver suspeita de fraturas envolvendo o corpo ou processos palmares da falange distal e se houver mineralização nas lâminas dérmicas. Elas também ajudam a identificar entesofitos nas faces dorsomedial e dorsolateral da articulação interfalangeana distal. A obliquidade é determinada por dois fatores: uma tentativa de alinhar os feixes de raio X paralelo à linha de uma fratura, e; posicionar os feixes de raio X de modo que o osso seja "delineado" (ou seja, o feixe formará uma tangente à superfície da falange distal).

A formação de osteofito ou entesofito nas faces dorsolateral ou dorsomedial da falange distal é melhor observada em incidências oblíquas flexionadas, que permitem melhor visualização da articulação interfalangeana distal. O casco é colocado em um bloco ou taco de materiais não radiopacos com a sola aproximadamente na vertical. São obtidas incidências dorso-lateral palmaro-medial oblíqua a 60° e dorso-medial palmaro-lateral oblíqua também a 60°. O feixe de raio X é localizado na horizontal, centrado na banda coronária do casco. Para destacar os processos palmar lateral e medial, as incidências dorso-lateral palmaro-medial oblíqua a 45 ° e dorso-medial palmaro-lateral oblíqua também a 45°, respectivamente, devem ser obtidas.

Alternativamente, para obter a imagem dos processos palmares, coloque o cavalo em um bloco ou taco, angule o feixe em 45 ° proximalmente e centre na banda coronária na face lateral ou medial do membro distal do cavalo. A projeção dorso-medial palmaro-lateral oblíqua de 45° destaca o processo palmar lateral, e a projeção dorso-lateral palmaro-medial oblíqua de 45° destaca o processo palmar medial.

Posicionamento para obter uma visão oblíqua dorsolateral-palmaromedial oblíqua da falange distal e das articulações interfalangeanas. O feixe de raio X (seta) está centrado na banda coronária. Um ângulo de 45 ° da parte dorsal destaca o processo palmar lateral da região distal falange.

O contorno do processo extensor da falange distal é suavemente curvado. Dependendo do grau de flexão, um dos côndilos da falange média pode estar parcialmente sobreposto ao processo extensor. A eminência para a fixação de um ligamento colateral na face distal da falange média do lado oposto também é vista. Uma linha radioluscente percorre obliquamente a falange distal. Isso pode ser um efeito de borda criado pela sobreposição do processo palmar contralateral ou uma sombra da ranilha, dependendo do ângulo de projeção. Não deve ser confundida com uma fratura. Há um entalhe ou forame de tamanho variável na face palmar do processo palmar, a incisura parietal ou forame do processo palmar, levando ao sulco parietal.

A visão oblíqua dorso-lateral palmaro-medial oblíqua de 60° permite melhor avaliação das margens da articulação interfalangeana proximal e distal do que a visão oblíqua de 45°. A visão oblíqua dorso-medial palmaro-lateral de 45° permite melhor avaliação do processo palmar lateral.

INCIDÊNCIA PALMARO-PROXIMAL PALMARO-DISTAL OU SKYLINE DE NAVICULAR

Esta incidência é utilizada para visualização dos processos palmares da falange distal e do osso navicular. O cavalo é apoiado em um bloco em que envolve o cassete e está localizado o chão e o membro a ser radiografado está um passo atrás do membro contralateral, para melhor exposição do osso navicular ou sesamoide distal. Os feixes de raio X terão que ser emitidos caudalmente ao animal, posicionando o emissor ventral ao tórax do animal e o feixe centrado entre os bulbos do talão. O ângulo de incidência do feixe de raio X para o cassete é de 45° a 70°, dependendo da inclinação do metacarpo e do posicionamento do membro. O feixe é inclinado de modo que a imagem da articulação do boleto não se sobreponha ao processos palmares da falange distal. Se o membro for posicionado muito à frente, é impossível evitar a sobreposição da imagem do boleto sobre as outras estruturas.

O aspecto palmar dos processos palmares da falange distal são vistos em ambos os lados do osso navicular. As superfícies axial e abaxial têm uma aparência relativamente lisa, embora algumas áreas radioluscentes irregulares dentro do corpo de cada processo estejam frequentemente presentes. Um anel opaco oval pode estar presente nos processos, representando mineralização na base da cartilagem do casco. Um halo radioluscente é evidente na parede do casco imediatamente adjacente ao osso, representando o tecido dérmico e as lâminas do casco.

abla import | A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA QUE CABE NO SEU BOLSO
TOP